Existe uma grande preocupação se os tratamentos para a obesidade são persistentes ou transitórios. A maioria dos tratamentos disponíveis hoje, como as medicações, o balão gástrico e a gastroplastia endoscópica têm efeito temporário, levando ao reganho de peso após sua interrupção. Isso leva à preocupação sobre se a bariátrica é temporária e quanto tempo seu efeito dura.
Independente da técnica utilizada, as alterações feitas no organismo são definitivas e o paciente bariátrico sempre tem uma facilidade maior para perder peso, do que antes da cirurgia. Com a cirurgia, a população de microorganismos
existente no intestino é modificada e esse fato por si só, já causa uma propensão à perda de peso. O paladar também é alterado pela bariátrica, levando o paciente a escolhas menos calóricas ou gordurosas após a cirurgia. Os hormônios reguladores dos processos digestórios também são reestruturados pela bariátrica. Passa a existir uma tendência a se atingir a saciedade bem mais rápido e uma inibição do centro da fome no hipotálamo.
Então, a redução do estômago propriamente dita tem um efeito muito menos importante para o resultado a longo prazo da terapia bariátrica. Mesmo que o estômago voltasse a dilatar ao tamanho que era anteriormente (o que não
ocorre), os mecanismos impostos pela cirurgia seriam capazes de manter essa maior tendência à perda de peso. Infelizmente, nada é infalível. Todo paciente pode aprender meios de boicotar os mecanismos de contenção da cirurgia e, se abandonarem o acompanhamento com a equipe multidisciplinar, quase 30% podem voltar a ganhar peso em excesso. Por outro lado, sempre existem meios de retomar o tratamento, e reiniciar a perda de peso!
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